Fomos surpreendidos há pouco com uma triste notícia: um infarto fulminante ceifou a vida do nosso xerife Ailton, nesta madrugada de 1º de junho.
Ele completou 65 anos no último sábado. Já havíamos prestado algumas homenagens ao ídolo tricolor aqui no Baú do Tremendão. Na foto, ele recebe homenagem prestada pela Associação Olímpica de Itabaiana das mãos da torcedora Silvinha, também já falecida.
Ailton foi formado nas categorias de base do Itabaiana e profissionalizado aos 19 anos. Com atuações seguras na defesa tricolor e, de quebra, marcando gols importantes quando ia ao setor ofensivo, Ailton firmou-se na zaga da Olímpica entre 1975 e 1980, sendo peça fundamental na conquista dos Campeonatos Sergipanos de 1978, 1979 e 1980.
Com grandes apresentações e status de ídolo da Torcida Tricolor, Ailton começou a chamar a atenção de outros clubes. O Sport de Recife chegou primeiro e comprou o beque ao Tremendão pelo valor de 3 milhões, no início de 1981.
No clube pernambucano, conquistou os campeonatos estaduais de 1981 e 1982, sendo vendido ao Cruzeiro de Belo Horizonte/MG, em 1983, por 60 milhões e mais o passe do zagueiro Bianchi.
Na Raposa Mineira, chegou a ser o capitão da equipe, conquistando o Campeonato Mineiro de 1984 e sendo cotado, à época, para integrar a Seleção Brasileira.
Voltou ao Sport/PE em 1986, onde ficou até 1992, conquistando o Campeonato Brasileiro da Série B de 1990 e os Campeonatos Pernambucanos de 1988, 1991 e 1992. Em sua última temporada pela equipe pernambucana, foi eleito o melhor zagueiro do Campeonato Brasileiro da Série A de 1992, tendo recebido a cobiçada Bola de Prata da Revista Placar, uma honraria concedida somente aos maiores craques do futebol brasileiro.
O multicampeão Ailton conquistou os seguintes títulos:
Campeonato Sergipano (Itabaiana): 1978, 1979 e 1980;
Campeonato Pernambucano (Sport): 1981, 1982, 1988, 1991 e 1992;
Campeonato Brasileiro da Série B (Sport): 1990;
Campeonato Mineiro (Cruzeiro): 1984.
Desejamos muita força aos familiares neste momento difícil. Recebam os sentimentos de toda a Torcida Tricolor. Ailton deixa seu nome gravado com letras maiúsculas na história da Olímpica de Itabaiana.
