segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Torcida Tricolor no Baptistão, em 1981 (Itabaiana x Flamengo/RJ)

 


A fotografia é do acervo do ex-governador Antônio Carlos Valadares. Nela, vemos a Torcida Tricolor ocupando boa parte do Estádio Lourival Baptista (Batistão), em 01/02/1981. Na oportunidade, o Tremendão enfrentava o Flamengo/RJ, pelo Campeonato Brasileiro daquele ano, observem o placar.

Os 31.342 pagantes viram uma boa apresentação do Itabaiana que, enquanto teve 'perna', jogou de igual para igual com o time que seria campeão mundial alguns meses depois.

Vamos ao relato do jornal A Gazeta de Sergipe, de 03/02/1981:

"O público recorde que compareceu domingo ao Batistão deixou o estádio satisfeito pela exibição de futebol dada pelas equipes do Flamengo e do Itabaiana. O espetáculo não foi melhor porque o Flamengo fez prevalecer sua superioridade física e técnica e, no segundo tempo, venceu a equipe do Itabaiana pelo marcador de 2x0. Pêu e Nunes marcaram para o Flamengo. O resultado foi justo, isso porque o Itabaiana, que jogou muito bem no primeiro tempo, chegando mesmo a surpreender o arqueiro Raul (Plasmann), por diversas oportunidades, não teve muita sorte nas finalizações. Na fase final, o time sentiu a marcação por pressão do Flamengo e foi cedendo terreno. Disso se aproveitou o Flamengo para chegar à vitória.

DOMÍNIO DO ITABAIANA - O time sergipano fez um primeiro tempo primoroso. Bem armado na defesa e com Déri comandando as ações no meio de campo, o Itabaiana ia pouco a pouco procurando marcar o gol de abertura. Essas oportunidades surgiram e foram desperdiçadas por Boca e Toinho Aruba. Não fosse também a 'patriotada' de Emídio Marques Mesquita, o Itabaiana poderia ter aberto o marcador aos 31' do primeiro tempo, quando Toinho Aruba foi chutado por trás por Rondinelli dentro da área e o juiz mandou prosseguir. Foi um erro de capital importância, pois influiu diretamente no marcador. Mas ainda nessa fase, o time sergipano teve outras oportunidades de chegar à vitória. O Flamengo teve apenas uma jogada de Adílio, colocando Nunes frente à Marcelo, mas o atacante rubronegro atirou por fora. Nessa fase Marcelo não teve trabalho, o que não aconteceu com o arqueiro Raul, que foi por demais empenhado, evitando o gol do Itabaiana.

VITÓRIA DO FLAMENGO - Na segunda fase, o treinador Modesto Bria fez valer os seus conhecimentos, colocando o jogador certo na hora exata. Júlio César (Uri Geller), que não fez um bom primeiro tempo, foi substituído por Edson, e dos pés deste nasceram as jogadas mais perigosas do Fla na segunda fase. Mas voluntarioso e usando a velocidade, Edson criava boas jogadas pela esquerda, pois tinha pela frente Esmerino sentindo também o esforço do primeiro tempo. No Itabaiana entrava Luís Carlos no lugar de Boca. A única jogada de perigo do Itabaiana nessa fase foi desperdiçada por Luís Carlos. O primeiro gol do Flamengo nasceu de uma confusão na área, com Nunes chutando e Marcelo defendendo parcialmente. Pêu, que vinha na corrida, só teve o trabalho de colocar para o gol de Marcelo, isso aos 22' da fase final. Aos 33' a defesa do Ita se despreocupou na marcação sobre Nunes e ele, com o pé esquerdo, atirou no canto esquerdo de Marcelo, sem defesa, fazendo 2x0. A partir do segundo gol, o Flamengo passou a tocar a bola esperando o tempo passar. Foi uma partida de alto nível técnico, onde as duas equipes procuraram jogar um futebol à altura do grande público.

RENDA RECORDE - A renda, como era de se esperar, foi recorde: Cr$ 3.363.050,00, com 31.342 pagantes, público recorde também em jogos no Batistão. A atuação de Emídio Marques Mesquita foi quase perfeita. Não fosse a não marcação do pênalti em Toinho Aruba no primeiro tempo, poderíamos citar como excelente a atuação do apitador paulista. Aloísio Santos e Jailson Félix estiveram perfeitos como auxiliares. O Flamengo venceu com Raul Plassmann, Vitor, Rondinelli (Figueiredo), Luís Pereira e Carlos Alberto; Carpegiani, Adílio e Peu; Fumanchu, Nunes e Júlio César Uri Geller (Edson). O Itabaiana, do técnico Juan Celly, jogou com Marcelo, Esmerino, Aloísio, Rubens e Valdir; Gustinho, Misso (Day) e Déri; Toinho Aruba, Boca (Luís Carlos) e Mica".

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Há 50 anos o Tremendão conquistava o Nordeste

 


Ontem, 24 de novembro, completou-se 50 anos do ponto mais alto da história tricolor.

Em 24/11/1971 o Itabaiana empatou com o Ferroviário/CE em 1x1, no Batistão, e sacramentou sua brilhante campanha no chamado 'Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão' com o título do Nordeste.

A Gazeta de Sergipe de 25/11/1971, asseverou: "ITABAIANA EMPATA E CONQUISTA TÍTULO DO NORDESTE - Ao empatar dramaticamente com o Ferroviário de Fortaleza em um tento, o Itabaiana assegurou praticamente o título de campeão do nordeste brasileiro, por que, somente na hipótese, quase impossível, de o Flamengo/PI derrotar domingo lá em Fortaleza ao Ferroviário por uma diferença de mais de seis gols, o Itabaiana perderá o título. Zequinha, magistralmente, na cobrança de uma falta, quase sem ângulo, pela direita, abriu o escore aos 12 minutos da primeira fase. Luizinho empatou para o Ferroviário aos 21 minutos da segunda fase, de cabeça. (...) O Ferroviário, por intermédio de Coca-Cola, perdeu uma penalidade máxima aos 28 minutos, inventada por Dirceu Arruda. O time cearense pressionou muito, mas o Itabaiana suportou o assédio e no final do jogo teve oportunidade de ampliar o marcador, não o fazendo por falta de sorte de Horácio, aos 40 minutos, e Tatica, aos 42 minutos. O Itabaiana empatou e sagrou-se campeão com Marcelo, Augusto, Humberto, Paulo e Messias; Gustinho, Zequinha e Bené; Zé Carlos (Horácio), Edmilson (Carlos Alberto) e Tatica."

O jornal O Serrano, ratificou: "ITABAIANA É CAMPEÃO DO NORDESTE - Ao empatar dramaticamente, na noite da última quarta-feira, com o Ferroviário de Fortaleza, por 1x1, a Associação Olímpica de Itabaiana garantiu a conquista do título de Campeão do Nordeste, inédito ainda no futebol sergipano. (...) Após o final da partida, os jogadores serranos deram a volta olímpica no gramado do Baptistão, carregando a bandeira sergipana, que tão bem souberam ser dignos dela, e melhor que ninguém souberam representá-la. Depois, o carnaval no vestiário, se prolongando até altas horas da madrugada em nossa cidade".

Nossos rivais tentam desmerecer este título, com as mais variadas justificativas, no entanto, a Confederação Brasileira de Futebol (CBD) fez referência a ele em duas oportunidades:

Em seu relatório anual, de 1971, a entidade maior do futebol brasileiro dispôs: (...) "O Torneio Norte-Nordeste constituiu-se de Fase Regional, Fase Semi-Final, em Turno e Returno, divididos os clubes em três grupos e Fase Final também em dois Turnos, apurando-se o Campeão da Região Norte que foi o CLUBE DO REMO e o da Região Nordeste a ASSOCIAÇÃO OLÍMPICA ITABAIANA, logrando sagrar-se campeão do Torneio Norte-Nordeste o CLUBE DO REMO, da Federação Paraense de Futebol."

Em seu Boletim Oficial nº 18, de 1971, a Confederação Brasileira de Desportos (CBD) voltou a ratificar: "Primeiro título nacional de um clube sergipano: O Itabaiana tornou-se campeão nordestino do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão. Os parabéns da Confederação e dos amigos do futebol sergipano".

Se esta conquista poderia ser equiparada à atual Copa do Nordeste são sabemos, mas não temos dúvidas ao afirmar que este é o maior título da história do Futebol Sergipano.

Parabéns, Tricolor da Serra! Obrigado a todos que contribuíram para o fortalecimento dessa instituição que tanto nos orgulha! 



quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Números do Tremendão na temporada 2021

 

(Foto: Artur Aragão/AOItabaiana)


A temporada 2022 se aproxima. O Itabaiana já anunciou, inclusive, o seu novo técnico e alguns atletas para o próximo ano.

Vamos, então, fazer uma retrospectiva da temporada 2021:

O Tricolor da Serra entrou em campo 33 vezes. Foram 13 vitórias, 12 empates e 8 derrotas.

O Ita marcou 39 gols e sofreu 36, ficando com um saldo positivo de 3 gols na temporada.

O artilheiro da equipe foi o atacante Pedro Henrique, com 10 gols. Destaque também para o zagueiro Ramon Silva, que marcou 5 tentos.

Os atletas que mais entraram em campo nesta temporada foram o volante Jacobina e o meia Téssio Cajá, com 31 jogos cada. O atacante Pedro Henrique foi o segundo que mais vestiu a camisa tricolor, com 30 jogos.

O técnico Evandro Guimarães comandou o Itabaiana à beira do campo em 23 jogos. Rodrigo Fonseca o substituiu e treinou a equipe em 8 partidas. Maurílio Silva iniciou a temporada, mas dirigiu o Tremendão em apenas 2 jogos.

Vamos torcer para que a temporada 2022 seja bem melhor do que a de 2021.

terça-feira, 16 de novembro de 2021

Parabéns, Alex Cabeção!

 



Hoje, 16/11, nosso ex-atleta Alexandro Batista Almeida, o Alex Cabeção, completa 44 anos.
O volante Alex foi Campeão Sergipano em 1997 pelo Tremendão, tendo atuado ainda em outras temporadas com a camisa tricolor.
Desejamos felicidade, saúde e sucesso! Obrigado pelas colaborações de sempre ao Baú do Tremendão!

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Leandro Campos perdeu apenas uma partida pelo Tremendão no Campeonato Sergipano. Confira os números.

 

(Foto: Wendell Rezende/AOItabaiana)
 

O técnico Leandro Caitano de Campos está de volta ao Itabaiana. O gaúcho de 57 anos disputou 22 jogos do Campeonato Sergipano pelo Tricolor da Serra, nas temporadas de 2016 e 2018.
 
Foram 11 vitórias, 10 empates e apenas 1 derrota, um aproveitamento de 65,15%. Infelizmente o título estadual não veio em nenhuma das duas oportunidades.
 
Torcemos para que a conquista venha agora em 2022. Boa sorte ao novo comandante tricolor.

terça-feira, 2 de novembro de 2021

Lamentamos o falecimento do ex-zagueiro Vilmar Escouto

 



Lamentamos o falecimento do ex-zagueiro do Itabaiana, Vilmar Escouto.

Segundo o G1: "O técnico de futebol Vilmar da Silva Escouto morreu, no domingo (31), após conquistar o título do Campeonato Paraná Bom de Bola com a equipe de futebol, da categoria sub-16, de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, segundo a prefeitura da cidade. Conforme a prefeitura, o treinador da equipe juvenil tinha 59 anos e sofreu uma parada cardíaca logo depois do fim da partida, ainda no vestiário do campo".

Vilmar jogou as temporadas de 1989 e 1990 pelo Tremendão. Era um 'beque' de muita força e disposição.

Desejamos força aos familiares.