sexta-feira, 24 de maio de 2024

Um clássico que de paz não tem nada

Muitos pensam que a nomenclatura 'Clássico da Paz', dada ao jogo Itabaiana x Sergipe se dá por uma suposta ausência de rivalidade entre as equipes. Muito pelo contrário!

O clássico pegava fogo, principalmente nas décadas de 70 e 80. A rivalidade era extrema e diversos jogos entre tricolores e rubros terminavam em confusão, tanto nos bastidores, quanto em campo, bem como nas arquibancadas. Até batalha campal rolou!

Após uma dessas grandes confusões, no início da década de 80, a imprensa aracajuana, com o objetivo de tentar apaziguar os ânimos entre as equipes, começou a divulgar que o jogo seguinte entre Itabaiana e Sergipe deveria ser encarado como o 'Clássico da Paz', um jogo de reconciliação. Resultado: mais uma confusão e aumento da rivalidade.

E assim ocorreu durante um bom tempo: a imprensa 'recomendava' que o clássico seguinte deveria ser o da 'paz' e que as arestas deveriam ser aparadas. Até que o nome pegou.

Quem é da nova geração e acha que não há rivalidade entre Sergipe e Itabaiana está redondamente enganado. Historicamente, o maior rival do Itabaiana é justamente o clube vermelho da capital.

Nas imagens, trazemos recortes de jornais de diversas confusões protagonizadas por Itabaiana e Sergipe: em 1970, 1972, 1979 e 1981. Felizmente esse tempo de agressões físicas passaram e os clubes atualmente conseguem enfrentar-se civilizadamente.

Neste domingo enfrentaremos o nosso grande adversário pela Série D.  Temos a oportunidade de nos firmar na liderança do campeonato e aumentar a crise pro lado deles. Temos que buscar a vitória a todo custo! Vamos invadir o Barretão!











terça-feira, 14 de maio de 2024

Parabéns, Tanque da Serra!

 


Hoje o nosso artilheiro Horácio completa 80 anos de vida e não poderíamos deixar de registrar o aniversário do grande camisa 9 tricolor.

Horácio chegou ao Tremendão em 1968, vindo do futebol amador da cidade de Carira, sua terra natal. Aqui na Olímpica de Itabaiana ele se profissionalizou e começou a empilhar gols e conquistar troféus.

Seu apelido "tanque" foi dado por conta da sua força e capacidade de 'derrubar' as barreiras adversárias.

Pelo Tricolor da Serra, Horácio foi Campeão Sergipano em 1969 e 1973, além de ter conquistado o Nordeste em 1971 e diversos outros torneios.

Parabéns, artilheiro! Muita saúde e paz!

terça-feira, 7 de maio de 2024

Há 52 anos, o craque Debinha estreava no Itabaiana

 


Em 07/05/1972, há exatamente 52 anos, Eusébio Bispo Santos, o craque Debinha, estreava profissionalmente na Olímpica de Itabaiana.

A Gazeta de Sergipe de 09/05/1972 destacou: "Domingo, no Estádio Presidente Médici, o Itabaiana lavou como quis a equipe do Propriá. A grande atração da tarde foi, sem sombra de dúvidas, o grande jogador Debinha. Aplaudido entusiasticamente pela torcida serrana, jogou o fino do futebol, embora estivesse sem jogar há alguns meses. Isto é mais uma prova de sua consciência de atleta, jamais se descuidou do seu preparo físico. Fêz um golaço contra o Propriá, que de tão bonito foi aplaudido durante cêrca de cinco minutos ininterruptamente. Debinha mostrou que foi uma aquisição de destaque para o time do Itabaiana, embora exista em sua equipe bons jogadores de meia cancha. Mas um craque é sempre um craque e jamais deve ser preterido."

Na estreia de Debinha, o Ita goleou o Propriá por 4x0, com gols de Zequinha (2), Tatíca e dele próprio. A equipe era comandada por Juan Celly e foi a campo com Carlinhos, Augusto, Humberto, Paulo Preto (Assis) e Messias; Gustinho, Bené e Zequinha; Zé Carlos Queixada (Luiz Osório), Tatíca e Debinha.

Debinha marcou época vestindo as cores do nosso rival Confiança. Foi destaque, ainda, no Santa Cruz/PE, ABC/RN e Campinense/PB. No clube paraibano deixou seu nome gravado ao participar ativamente de diversas conquistas, tendo, inclusive, marcado o gol do hexacampeonato paraibano da Raposa.

Em 1972, aos 31 anos, foi contratado pelo Tremendão e aqui encerrou sua carreira de sucesso, atuando seus últimos 4 anos como atleta profissional na equipe tricolor, de 1972 a 1975, conquistando o título de Campeão Sergipano de 1973 e marcando seu nome na história da AOI.

Por conta da sua disciplina e identificação com o clube, muitos apostavam que Debinha seria o técnico do Itabaiana assim que pendurasse as chuteiras. No entanto, apesar de ter assumido o comando da equipe algumas vezes como interino, não seguiu a carreira de treinador.

O craque faleceu no ano de 2003, após uma parada cardiovascular. Uma curiosidade digna de nota é que a família de Debinha gerou diversos jogadores de futebol. Seus irmãos Evangelista e Gonçalinho foram exímios atletas, tendo o último também jogado no Itabaiana e conquistado o título de campeão da Zona Centro, em 1959. Debinha era também tio do jogador Gustinho, que marcou época no Tremendão da Serra, sendo o capitão do pentacampeonato sergipano.