sexta-feira, 1 de maio de 2020

Itabaiana x Flamengo, pelo Brasileirão de 1981, no Batistão



Os amigos do Almanaque do Gipão encontraram esta raridade e nos enviaram. São os gols da partida disputada em 01/02/1981, entre Itabaiana e Flamengo, pelo Campeonato Brasileiro daquela temporada.

Não costumamos postar derrotas do Tremendão, mas este registro merece destaque, pois jogamos de igual para igual contra o clube Campeão Brasileiro da época e que seria Campeão da Libertadores e do Mundial, no fim daquele ano.

Para contar a história da partida, recorremos ao jornal Gazeta de Sergipe de 03/02/1981:

"O público recorde que compareceu domingo ao Batistão deixou o estádio satisfeito pela exibição de futebol dada pelas equipes do Flamengo e do Itabaiana. O espetáculo não foi melhor porque o Flamengo fez prevalecer sua superioridade física e técnica e, no segundo tempo, venceu a equipe do Itabaiana pelo marcador de 2x0. Pêu e Nunes marcaram para o Flamengo. O resultado foi justo, isso porque o Itabaiana, que jogou muito bem no primeiro tempo, chegando mesmo a surpreender o arqueiro Raul (Plasmann), por diversas oportunidades, não teve muita sorte nas finalizações. Na fase final, o time sentiu a marcação por pressão do Flamengo e foi cedendo terreno. Disso se aproveitou o Flamengo para chegar à vitória.

DOMÍNIO DO ITABAIANA - O time sergipano fez um primeiro tempo primoroso. Bem armado na defesa e com Déri comandando as ações no meio de campo, o Itabaiana ia pouco a pouco procurando marcar o gol de abertura. Essas oportunidades surgiram e foram desperdiçadas por Boca e Toinho Aruba. Não fosse também a 'patriotada' de Emídio Marques Mesquita, o Itabaiana poderia ter aberto o marcador aos 31' do primeiro tempo, quando Toinho Aruba foi chutado por trás por Rondinelli dentro da área e o juiz mandou prosseguir. Foi um erro de capital importância, pois influiu diretamente no marcador. Mas ainda nessa fase, o time sergipano teve outras oportunidades de chegar à vitória. O Flamengo teve apenas uma jogada de Adílio, colocando Nunes frente à Marcelo, mas o atacante rubronegro atirou por fora. Nessa fase Marcelo não teve trabalho, o que não aconteceu com o arqueiro Raul, que foi por demais empenhado, evitando o gol do Itabaiana.

VITÓRIA DO FLAMENGO - Na segunda fase, o treinador Modesto Bria fez valer os seus conhecimentos, colocando o jogador certo na hora exata. Júlio César (Uri Geller), que não fez um bom primeiro tempo, foi substituído por Edson, e dos pés deste nasceram as jogadas mais perigosas do Fla na segunda fase. Mas voluntarioso e usando a velocidade, Edson criava boas jogadas pela esquerda, pois tinha pela frente Esmerino sentindo também o esforço do primeiro tempo. No Itabaiana entrava Luís Carlos no lugar de Boca. A única jogada de perigo do Itabaiana nessa fase foi desperdiçada por Luís Carlos. O primeiro gol do Flamengo nasceu de uma confusão na área, com Nunes chutando e Marcelo defendendo parcialmente. Pêu, que vinha na corrida, só teve o trabalho de colocar para o gol de Marcelo, isso aos 22' da fase final. Aos 33' a defesa do Ita se despreocupou na marcação sobre Nunes e ele, com o pé esquerdo, atirou no canto esquerdo de Marcelo, sem defesa, fazendo 2x0. A partir do segundo gol, o Flamengo passou a tocar a bola esperando o tempo passar. Foi uma partida de alto nível técnico, onde as duas equipes procuraram jogar um futebol à altura do grande público.

RENDA RECORDE - A renda, como era de se esperar, foi recorde: Cr$ 3.363.050,00, com 31.342 pagantes, público recorde também em jogos no Batistão. A atuação de Emídio Marques Mesquita foi quase perfeita. Não fosse a não marcação do pênalti em Toinho Aruba no primeiro tempo, poderíamos citar como excelente a atuação do apitador paulista. Aloísio Santos e Jailson Félix estiveram perfeitos como auxiliares. O Flamengo venceu com Raul Plassmann, Vitor, Rondinelli (Figueiredo), Luís Pereira e Carlos Alberto; Carpegiani, Adílio e Peu; Fumanchu, Nunes e Júlio César Uri Geller (Edson). O Itabaiana, do técnico Juan Celly, jogou com Marcelo, Esmerino, Aloísio, Rubens e Valdir; Gustinho, Misso (Day) e Déri; Toinho Aruba, Boca (Luís Carlos) e Mica".

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