"Horácio, sempre discreto, chegou no segundo semestre de 1968. Já fazia sucesso no futebol amador de Carira e Simão Dias, já carregava o status de artilheiro, então a Associação Olímpica de Itabaiana resolveu apostar nesse desconhecido homem gol. (...) Quem achava que Horácio sentiria o peso do profissionalismo e das arquibancadas cheias, enganou-se. Ele continuou como se ainda estivesse em Carira, se comportava em campo com naturalidade, porém cada vez mais veloz devido aos treinamentos físicos regulares. Sendo assim, sua natural característica de velocista foi aprimorada com mais duas valências físicas: a força e a resistência aeróbica. Agora ninguém segurava o homem: Tonho de Preta lançava, era gol de Horácio; Toinho Maré lançava, era gol de Horácio; Zequinha tocava, era gol de Horácio; Edmilson cruzava, era gol de Horácio. Foi uma avalanche de gols. Dois, três, quatro, cinco por partida. Junto com os gols marcados, chegou a fama e a condição de ídolo. Naquela Itabaiana do final dos anos 1960 e início dos 70, Horácio era um verdadeiro 'popstar', sempre assediado nas ruas ou nos seus momentos de lazer. Era atencioso com todos, independente da classe social.”
(Excerto extraído de um texto do professor Manoel Aelson Góis, escritor de dois livros sobre a história do Tremendão).
Na foto, Horácio e a garotinha Gisselma, filha do nosso ex-presidente Pedro Góis, no antigo Estádio Etelvino Mendonça.
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